DHA na lactação

life'sDHA Editors

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Published on

09 July 2019

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Se uma alimentação saudável, equilibrada e composta por alimentos de todos os grupos, juntamente com a suplementação de nutrientes essenciais, como o DHA é essencial ao longo da gestação, como fica no período da lactação (período em que a mulher amamenta o bebê)?

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a recomendação continua no mesmo sentido: principalmente porque uma alimentação saudável e equilibrada, que fornece todos os nutrientes essenciais é amplamente recomendada em qualquer fase do ciclo de vida, sobretudo na gestação, lactação e na introdução alimentar do bebê, conduzida de forma adequada.

Mas, como fica a suplementação de DHA neste período?

Os primeiros meses de vida do bebê são fundamentais pra o desenvolvimento neurológico do bebê e, vários fatores podem influenciar nesse processo, como por exemplo, a alimentação. A dieta materna, portanto, possui papel importante, principalmente em caso de bebês amamentados exclusivamente por leite materno, já que a concentração de nutrientes no leite depende da alimentação da mãe.

E foi exatamente isso que um estudo conduzido por pesquisadores poloneses investigou: a relação entre as concentrações médias de ácidos graxos poli-insaturados (ácido alfa-linolênico, ALA ácido docosahexaenóico, DHA), todos da família ômega 3, em amostras de leite materno, no primeiro e terceiro mês de lactação e o desenvolvimento psicomotor de bebês amamentados exclusivamente até o sexto mês de vida. Os resultados indicaram uma associação positiva entre as concentrações de ácidos graxos ômega 3 (ALA e DHA) no leite materno e o desenvolvimento motor infantil. Portanto, os autores reforçam a necessidade de fornecer esses nutrientes para as mulheres que amamentam.  

Nesse sentido, a recomendação brasileira para as lactantes também segue o I Consenso da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) sobre recomendações de DHA durante a gestação, lactação e infância por reconhecer a importância do DHA para o desenvolvimento cognitivo e visual dos bebês. Ainda, para a Abran, após o nascimento as necessidades de ácidos graxos poli-insaturados continuam aumentados devido as necessidades corporais, por isso, o mesmo consenso recomenda a partir de estudos recentes, que a quantidade a ser suplementada de DHA para as mulheres lactantes seja de 600 mg por dia.

E em casos de impossibilidade do aleitamento materno?

Nos casos em que não é possível o aleitamento materno, a recomendação não se restringe apenas às mães. Existem as fórmulas lácteas que podem ser utilizadas mediante recomendação profissional. Embora o valor nutricional das fórmulas varia muito em função da diversidade existente no mercado atual, de forma geral, elas oferecem nutrientes como carboidratos, proteínas e lipídeos e são, em grande parte, enriquecidas com vitaminas, minerais. E, algumas fórmulas também já são enriquecidas com ácidos graxos ômega 3, principalmente, o ácido docosaexaenoico (DHA), considerando principalmente que esses bebês que não podem ser amamentados por aleitamento materno necessitam igualmente dessa ingestão.

Vale sempre lembrar que a recomendação tanto para as lactantes quanto no caso de bebês amamentados por fórmulas lácteas deve ser sempre orientada por um profissional de saúde e ajustadas de acordo com as individualidades.

Referências bibliográficas

Abran. I Consenso da Associação Brasileira de Nutrologia sobre recomendações de DHA durante a gestação, lactação e infância. International Journal of Nutrology. Ano 7, n°3, 2014.

Sociedade Brasileira de Pediatria – Departamento de Nutrologia. Manual de Alimentação: orientações para alimentação do lactente ao adolescente, na escola, na gestante, na prevenção de doenças e segurança alimentar / Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Nutrologia. – 4ª. ed. - São Paulo: SBP, 2018.

Zielinska, M. A.; Hamulka, J.; Grabowicz-Chądrzyńska, I.; Bryś, J.; Wesolowska, A. Association between Breastmilk LC PUFA, Carotenoids and Psychomotor Development of Exclusively Breastfed Infants. Int J Environ Res Public Health. 2019 Mar 30;16(7). pii: E1144. doi: 10.3390/ijerph16071144.

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